segunda-feira, 12 de março de 2012

Dia do Bibliotecário - José Mindlin

José Mindlin tem 94 anos e todos os dias tem o hábito de ler em sua imensa biblioteca particular, a maior do Brasil. Em 2006, doou todos os seus livros brasileiros para a biblioteca da USP e então passou a ser chamada de Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.
“Nunca me considerei o dono desta biblioteca. Eu e Guita (esposa já falecida de Mindlin) éramos os guardiães destes livros que são um bem público”, pondera, “não tenho o fetiche da propriedade, tão pouco da exclusividade”. Seu belo gesto deu origem ao Projeto Brasiliana (www.brasiliana.com.br) que tem por objetivo digitalizar todas as obras de autores nacionais e publicar na web para que qualquer pessoa possa fazer o download das obras.
Mindlin se mostrou bastante animado com o avanço do projeto. “Sempre achei o livro um instrumento de formação de pessoas e quanto maior o número de beneficiados pela digitalização, melhor”, afirma. “Cresci com o livro de papel, e no meu caso o livro eletrônico não encontrou eco. Mas acredito que essa iniciativa pode ajudar a despertar o interesse nos leitores mais jovens”, diz, otimista, ele que começou a formar sua biblioteca aos 13 anos, quando adquiriu uma edição de 1740 de Discurso sobre a História Universal, escrito por Jacques-Bénigne Bossuet.
José Mindlin é um símbolo de amor pelos livros e respeito a sociedade. No dia do bibliotecário, uma boa descrição que se aplica a esta função: "um guardião de livros", como afirma o próprio José Mindlin.


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